Duas casas próximas partilham uma paisagem comum, mas para diferentes experiências e tipologias.

A casa maior, para uso dos proprietários, releva o carinho da adesão ao lugar. A ruína da casa existente é preservada como algo precioso, íntimo. A construção nova vai envolver esta ruína, como se a protegesse. No interior da casa o convívio com a ruína torna-se permanente, lembrança constante desse apelo idílico ao lugar.

Na casa mais pequena, para um uso partilhado, revela-se um caracter menos familiar do conjunto, da memória colectiva, onde a ruína faz parte da “mise en scène” da paisagem exterior e o interior se liberta para para um espaço mais neutro.

Juntas criam uma relação de diálogo e equilíbrio entre relação pública e íntima das casas, da paisagem interior e interior, promovendo experiências distintas.