Dadas as características da empresa dona da obra e da sua importância a nível nacional (e mesmo internacional), ao decidir construir a sua sede, naturalmente que se espera que a construção resultante cause impacto na cidade e que seja inovadora a nível arquitetónico, asseverando uma nova imagem, proporcionando uma nova visibilidade, de modo a afirmar-se como uma nova referência na cidade, constituindo um novo ícone urbano.

Atendendo às características topográficas do terreno, conjugando-as com o lay-out pretendido pela MCNet, o edifício contém 3 andares abaixo da cota de soleira e outros 3 acima desta. Dadas a pouca frente do terreno e a pequena cércea permitida, não se mostrava fácil desenhar um edifício que, com estas condicionantes, com uma volumetria tão insignificante, se impusesse na paisagem urbana. Apostou-se portanto em fazer evidenciar a construção recorrendo a alguns estratagemas que a fizessem avolumar, como uma cobertura inclinada e a anulação parcial do muro divisório do terreno com a rua, permitindo assim que o edifício, do exterior, seja visível desde a cota da entrada.

O lay-out do edifício é extremamente simples e funcional. Sensivelmente a meio e no sentido longitudinal, localizam-se as áreas de circulação (verticais e horizontais), bem como as áreas de apoio comuns e as zonas técnicas. De um dos lados do edifício dispõem-se os espaços dos escritórios/gabinetes e no oposto os open spaces, as zonas sociais, de reuniões, as áreas polivalentes, as salas de reuniões, o auditório, etc. Esta estratégia verifica-se quer na horizontal, quer na vertical.