O projecto para o condomínio de apartamentos talatona procura esta mesma relação entre a terra, o conjunto de edifícios e a envolvente.

Tal como o embondeiro, os edifícios criam uma forte ligação à terra, mas estabelecem uma transição muito leve nos seus limites, criando um efeito de diluição à medida que crescem em altura.

Por isso optamos por criar 4 edifícios / torres, de diferentes alturas, buscando essa relação natural de algo que foi crescendo a tempos diferentes e um edifício horizontal, mais baixo, que estabelece um remate de quarteirão com o complexo habitacional a nascente, completando o seu esquema de praça central.

Assim permite-se libertar o terreno para que as construções derivem de um parque / jardim, criando um piso social que funde as zonas desportivas, e de lazer, com um jardim que, partindo do limite do terreno, penetra por baixo das construções, que funcionam nesse piso em planta livre.

Isto possibilita a existência de um piso social semicoberto, que integra o programa comum como a sala de festas, sala de crianças, ginásio, sala de cinema, espaço de administração, campos desportivos, piscina, entre outros, numa sucessão de palas, pérgulas e pátios verdes, que permitem um uso mais intensivo desse espaço, sem perturbar o sossego das habitações, que começam apenas no piso superior.

Por baixo do piso social localizam-se dois pisos de estacionamento coberto, semienterrados, que distribuem os acesso a cada bloco como ao piso social também. o acesso a este estacionamento é feito pela única entrada do empreendimento, que a partir da portaria se abre num grande pátio de entrada verde, dando acesso automóvel ao estacionamento privado e de visitas de um lado e pelo outro um acesso pedonal através do parque / jardim, subindo a inclinação natural do terreno até ao nível do piso social.